Algo que se perdeu …

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Os atuais regimes ou sistemas de governo, com raras exceções, não estão preocupados com o bem estar econômico e social do povo.
O povo proletário, operário ou trabalhador, será sempre, em qualquer lugar, escravo do poder econômico, do regime, do sistema, do capital, do estado, dos meios de produção e de seus chefes.
Mas os regimes não são contrários ao bom relacionamento entre os indivíduos, nem ao livre comércio , mesmo entre as nações adversárias em sua política ideológica.
As ideologias, sejam de esquerda ou de direita, no exercício ou não do poder, precisam do bom relacionamento com os poderes, com as autoridades, com as diferentes classes sociais, com o capital e a burguesia para disseminarem suas idéias e sua doutrina e alcançarem seus objetivos.
Queiramos ou não, as coisas são assim, e mesmo discordando, não vamos mudar essa realidade, nos tornando inimigos, porque uns votaram neste ou naquele indivíduo ou porque são da situação ou da oposição ao seu governo.
Por isso, quando vemos pessoas discutindo, cortando amizades e se agredindo pelo que acontece no governo, entre o presidente e seus ministros, no congresso nacional ou no tribunal de justiça, ficamos tristes.
O bom relacionamento entre as pessoas, ou como se diz vulgarmente, o politicamente correto, deveria ser a arte de bem conviver entre os indivíduos de diferentes posições sociais, econômicas , partidos ou ideologias, com respeito mútuo, opinando, dialogando e discutindo idéias, sem contudo se agredirem verbal ou fisicamente.
Este bom relacionamento político e social entre os indivíduos aconteceu na Grécia, nos tempos de Sólon, grande político, legislador e administrador, e foi redigido por ele, em forma de constituição, mas com o tempo foi esquecido ou se perdeu. Sólon, considerado um dos sete sábios da Grécia , a quem devemos a noção de DEMOCRACIA, redigiu um documento onde constou um conjunto de leis, direitos e deveres dos cidadãos e destes para com a sua comunidade a serem observados. Depois disso, entregou esse documento ao prefeito (ou governador) da cidade e saiu a viajar. Quando retornou a Atenas, foi recebido com aplauso por seus concidadãos, que nesse período se haviam praticamente auto-governado, sem nenhum problema, com base naquela constituição.