É muito sintomático o teor do noticiário e o relacionamento entre o poder público e os meios de comunicação.
Isso aconteceu na época do empresário e jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello e foi relatado no livro que sobre ele escreveu o jornalista carioca Fernando de Morais.
Chateaubriand tinha o poder de ajudar ou destruir quem quer que fosse, no plano político, econômico ou empresarial.
Daí o cuidado, o interesse e a importância de seus contemporâneos, autoridades, políticos e empresários, manterem com ele boas relações de amizade.
Nos governos de Lula e Dilma acompanhamos a guerra que se estabeleceu entre eles e seus correligionários e uma importante revista.
Depois, no governo Temer, continuamos acompanhando esse comportamento, ora combativo, ora elogioso, de alguns meios de comunicação em relação ao seu governo. E verificamos que algumas publicações eram unânimes em seu noticiário, em determinados aspectos, ou porque realmente não podiam esconder os fatos ou por interesse.
E então percebemos que tudo nos bastidores da mídia é negociável, mesmo entre inimigos. Nada existe que um acordo entre as partes ou o dinheiro não resolva.
Portanto, algumas coisas são sintomáticas e indisfarçáveis. Nada permanece oculto. Pelo contrário, tudo se revela ou se torna visível, principalmente a tendência do noticiário, movido pelo interesse, quando o que divulga tem a intenção de ajudar, ser solidário, destruir ou prejudicar a imagem de alguém que consideram importante para o bem ou para o mal, seja quem for, um político, um empresário, um partido político, o governo, ou mesmo outro veículo de comunicação concorrente ou adversário.