Em pesquisa, população pode ajudar na mitigação das mudanças climáticas

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Estiagem na represa do Passáuna. Curitiba, 07/05/2020. Foto: Pedro Ribas/SMCS

A Prefeitura quer saber como o curitibano se posiciona frente às mudanças climáticas. Para isso, foi lançada nesta sexta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, uma consulta pública com questões referentes ao problema mundial.

Disponível pela internet, a pesquisa pode ser acessada pelo link clima.curitiba.pr.gov.br  até o próximo dia 5 de julho. A consulta, explica a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, é uma das etapas para elaboração do Plano de Ação Climática de Curitiba.

“As cidades são as grandes protagonistas desse enfrentamento, mas nenhuma ação efetiva é possível sem o comprometimento de todos os setores da sociedade – poder público, setor privado e a população”, avalia.

Com 12 perguntas, a ideia é compreender a percepção, o comportamento e o engajamento da população em relação à mudança do clima e seus impactos. Bem como definir prioridades nas ações públicas.

Plano de Ação Climática

O compromisso da elaboração do plano foi assumido pela cidade de Curitiba em 2018, quando a Prefeitura aderiu à Meta 2020 do C40 (Grupo de Grandes Cidades para Liderança Climática).

O documento está em desenvolvimento com prazo para conclusão no final deste ano, por um Grupo de Trabalho com representantes de 12 instituições – secretarias municipais do Meio Ambiente, Finanças, Obras Públicas, Defesa Social, Segurança Alimentar e Nutricional; além da Procuradoria-Geral do Município, Relações Internacionais, Ippuc, Agência Curitiba, Urbs, Copel e Sanepar.

O grupo contará, também, com contribuições do Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas e do Concitiba – Conselho da Cidade de Curitiba. E tem o suporte do C40.

Em andamento

Mesmo com o plano em elaboração, a cidade continua com iniciativas para minimizar as mudanças climáticas, seja na área de energia limpa, recuperação de áreas degradadas e no incentivo à ampliação da infraestrutura verde, com o plantio de árvores.

Em 2017, o prefeito Rafael Greca foi um dos 42 governantes a assinar uma carta para sensibilizar os chefes de Estado do G20 a se comprometerem com o Acordo de Paris, que visa a adoção de medidas de redução da emissão de gases poluentes a partir de 2020.

A instalação de painéis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março, em 2019, foi o início do processo de promoção de energia limpa na cidade. Assim como a Central Hidrelétrica Nicolau Klüppel, no Barigui, no mesmo ano. Estão em desenvolvimento projetos para implantação de painéis no antigo aterro sanitário da Caximba e em terminais de ônibus.

Outra iniciativa é o Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba, que contará com o financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento. A intervenção socioambiental no extremo sul da cidade prevê relocação de famílias de áreas de risco, implantação de um dique para a contenção de cheias, reestruturação urbana e a construção de um parque linear.

Curitiba também é, ainda, uma das primeiras cidades da América Latina a integrar a iniciativa EIE Action Fund, parceria entre o Google.org e o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. O fundo tem o objetivo de apoiar organizações sem fins lucrativos em projetos para mitigação de mudanças climáticas, por meio da ferramenta Environmental Insights Explorer (EIE), com dados exclusivos do Google sobre emissões de gases de efeito estufa.

Com Comunicação Prefeitura de Curitiba