Estamos passando, mais uma vez, por um processo degenerativo em que algumas tendências comportamentais procuram se generalizar, buscando para sua causa o apoio da sociedade, a proteção da lei, das autoridades e dos poderes constituídos.
A história da humanidade está semeada de exemplos de civilizações que se corromperam social e politicamente e terminaram por causa disso.
Entre as mais antigas estão aquelas duas cidades bíblicas, próximas ao Mar Morto, que desapareceram há 5.000 anos.
Em meio à licenciosidade e a devassidão em que viviam seus povos, um perigoso vírus foi detectado, mais perigoso do que o HIV, o ebola e o zica, e, para que este vírus não viesse contaminar e destruir o resto da humanidade, estas duas cidades, por determinação de um comando externo, foram destruídas através de explosões nucleares localizadas.
Depois tivemos, entre os anos de 500 e 750 d.C., as cidades de Síbaris e Crotona, ambas colônias gregas do Mar Mediterrâneo.
Crotona era uma das cidades mais importantes do sul da Itália, por suas atividades esportivas, culturais e a sua medicina. Foi ali que Pitágoras fundou a sua irmandade filosófica, aberta a todos os membros da sociedade, homens e mulheres. A sociedade de Crotona primava pela decência e pelos bons costumes.
Síbaris, ao contrário, apesar de rica, era a cidade da volúpia e dos prazeres.
Contam-nos os registros da história que a inimizade entre esses dois povos chegou a um grau tão elevado de intolerância que os crotonenses invadiram Síbaris e destruíram a sua população, não restando dela, absolutamente, nenhum vestígio a ser mostrado à posteridade.
Mais tarde a cidade de Crotona por sua vez também foi invadida e destruída por outro povo, restando dela, de vestígio, apenas uma coluna.
Esse processo de surgimento, desenvolvimento, amadurecimento, apodrecimento, morte e renascimento das civilizações, está de acordo com a lei dos ciclos, e continua, em nossos dias, como foi na antiguidade, de modo irreversível.
De tempos em tempos a história se repete, enquanto o nosso planeta, e o sistema solar, continuam viajando pelo espaço infinito, rumo ao futuro.
Luciano Machado (originalmente publicado no Jornal A Plateia, S. Livramento-RS).