Quem mais teme uma intervenção ou regime de exceção ?

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Quem está com a sua vidinha arrumada, não quer nenhuma mudança, e sim que continue tudo como está. Mas quem se sente prejudicado, e são milhões de pessoas nesta situação, quer uma mudança não eleitoral nem eleitoreira já.
Se quiserem chamar uma intervenção militar nacional de ‘ditadura’, que chamem, porém agora, mais do que nunca, precisamos de uma intervenção moralizadora e saneadora na política, na economia, nas finanças e no seio das instituições, inclusive com uma séria investigação nos bastidores e na política interna de algumas agremiações, partidos e corporações.
Quem mais teme, atualmente, uma ‘ditadura’ no país, são aqueles que se beneficiaram direta ou indiretamente da lei de anistia, que lhes concedeu indenizações, aposentadorias e pensões vitalícias, e muita gente ainda hoje usufrui dessas vantagens levando uma boa vida ou viajando por conta delas, e outros , somando os benefícios recebidos com a lei da anistia aos seus atuais altos salários como parlamentares ou aposentados de algum cargo no chamado governo democrático. E para que outras pessoas lhes dêem apoio, falam, e não estão mentindo, da perda das garantias individuais e das coisas horríveis que acontecem durante uma ditadura militar, como a prisão, a tortura e a morte de pessoas, algumas apenas suspeitas e sem nenhuma culpa.
Pois eu conheço relatos e depoimentos de pessoas que se exilaram de modo forçado ou voluntário, ou que foram presas durante o regime militar, para averiguação e depois libertadas, e que foram muito bem tratadas, porém, algumas delas, por seu exílio ou pelo fato de terem sido presas , argüidas, censuradas ou acusadas de alguma prática ou ação criminosa e depois absolvidas, se sentiram prejudicadas, e se beneficiaram com a lei da anistia, com indenizações, aposentadorias ou pensões, e todos sabemos quais foram ou são essas pessoas, pois algumas são figuras públicas, políticos, artistas ou celebridades.
Então, para alguns, é bastante conveniente que as coisas continuem como estão, e que os atuais poderes se mantenham ou se renovem pelo voto popular, através de novas e democráticas eleições, embora correndo o risco de eleger os mesmos parasitas, corruptos e malfeitores, ou novos candidatos, que, neste sistema viciado, venham mais tarde a se corromper.