Compra de vacina por empresas avançaria a fila de prioridades do SUS, diz Nelsinho Trad

0
363
Servidor da Fiocruz prepara vacina de Oxford/AstraZeneca para a primeira aplicação no Brasil.

Senador lembra que projeto a ser discutido pelo Senado prevê que metade das doses compradas pela iniciativa privadas serão obrigatoriamente cedidas ao SUS, o que daria mais velocidade às imunizações no Brasil

A compra de vacinas por empresas deve ser discutida no Senado Federal nos próximos dias, enquanto parlamentares debatem o texto já aprovado pela Câmara dos Deputados. 
 
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) é um dos que acredita que o avanço do projeto também significa um passo a mais na velocidade da imunização dos brasileiros.
 

“Com isso, no meu entender, a gente consegue avançar a fila de prioridades do SUS, porque vai passar a ter uma fonte de aquisição de vacinas das empresas privadas e vai tirar das costas do SUS a necessidade de vacinar esse grupo de trabalhadores que não são considerados prioritários neste momento.”
 

 

O texto traz também a obrigação da doação de metade das doses compradas ao SUS, e permite que as empresas privadas usem imediatamente a outra metade das doses adquiridas para imunizar empregados.
 
Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, diz que um dos fatores que fez com que o país tivesse uma segunda onda tão forte de casos e óbitos em decorrência da Covid-19 foi o ritmo de aplicação das doses. 
 

“Acredito que se nós tivéssemos alcançado, conforme pleiteamos desde junho do ano passado, o ritmo de vacinação que a gente propôs, neste momento não estávamos em colapso como nós estamos.”
 

O PL que foi levado ao Senado também define que as fabricantes que venderem vacinas para empresas só podem realizar essa entrega após enviarem toda a remessa já contratada pelo Ministério da Saúde. 
 
Reportagem, Alan Rios