Carnaval: previsão é de baixo movimento em aeroportos e rodoviárias

0
361
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, terceiro maior aeroporto do Brasil com pouca movimentação de passageiros
Com a folia cancelada, movimentação de passageiros será menor

Com a realização de festas, eventos e blocos carnavalescos proibida e previsão de tempo instável, o Distrito Federal não deve atrair muitos turistas neste carnaval. E, apesar do governo local ter mantido o ponto facultativo entre a próxima segunda-feira (15) e as 14h da quarta-feira de Cinzas, as empresas concessionárias que administram o aeroporto e o terminal rodoviário calculam que bem menos brasilienses deixarão o Distrito Federal este ano.

Segundo a Inframerica, responsável pelo Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitscheck, o movimento deve ser tranquilo no terceiro aeródromo mais movimentado do país. Até a próxima quarta-feira (17), estão programados 1.090 pousos e decolagens – no carnaval de 2020, o total somava 1.705 movimentações. Ao contrário de anos anteriores, a concessionária sequer estimou quantas pessoas devem passar pelo terminal brasiliense nos próximos dias, mas informou que a maioria dos voos ligarão a capital federal às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza.

Já o Consórcio Novo Terminal, que administra a Rodoviária Interestadual de Brasília, calcula que cerca de 29 mil pessoas partirão ou chegarão ao Distrito Federal, principalmente de Anápolis (GO); Belo Horizonte (MG); Goiânia (GO); Santa Maria da Vitória (BA); São Paulo (SP) e Unaí (MG). Cento e vinte e seis carros extras foram disponibilizados. No ano passado, o consórcio esperava receber pouco mais de 50 mil passageiros.

Rio de Janeiro

Nos aeroportos do Rio, o cancelamento do carnaval mexeu com os números tanto de voos como de passageiros. No Aeroporto Internacional Tom Jobim/RIOgaleão, na zona norte, o fluxo durante o carnaval em 2019 e em 2020 se manteve acima de 300 mil passageiros entre a sexta que antecede o feriado e o sábado seguinte. Para 2021, a expectativa é de fluxo equivalente a 30% do registrado nos anos anteriores, com o volume de passageiros domésticos 35% maior que o internacional.

No Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio, entre os dias 21 e 27 de 2020, houve 1.787 pousos e decolagens. Mas, para este ano, o movimento estimado de aeronaves no período entre 12 e 18 de fevereiro é de 994. O número representa uma variação de aeronaves de menos 44%, conforme dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Já o movimento de embarques e desembarques de passageiros, que no ano passado alcançou 220.272, deve ficar em 110.892 – uma queda de 45%.

Na Rodoviária do Rio, a expectativa de chegadas e partidas é de 10.090 viagens regulares e extras entre os dias 11 e 22 de fevereiro. Deste total, 5.070 são partidas e 5.020, chegadas. O número previsto de embarques de passageiros no mesmo período, também em horários regulares e extras, é de 127.700 e o de desembarques, de 116.600. As regiões mais procuradas são as cidades turísticas do interior do estado e as regiões Serrana, dos Lagos e a Costa Verde, além de viagens curtas como Juiz de Fora (MG).

São Paulo

Em São Paulo, a Socicam, concessionária responsável pela gestão dos três principais terminais rodoviários da cidade, estima que cerca de 164 mil pessoas devem passar pelas rodoviárias do Tietê, da Barra Funda e da Jabaquara nos próximos dias 12, 13 e 14 de fevereiro. No carnaval do ano passado, a Sociam estimou uma movimentação nos mesmos terminais de aproximadamente 700 mil pessoas.

O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), e o aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), informaram que não irão divulgar estimativas de movimentação para o período do carnaval em razão do cancelamento das festividades em diversas capitais do país.

No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, administrado pela Infraero, a previsão, até o dia 18 de fevereiro, é de movimentação de 153.479 passageiros – 59% a menos do que o registrado no mesmo período do ano passado.

*Colaborou Bruno Bocchini.

Edição: Paula Laboissière

Por Alex Rodrigues e Cristina Índio – Com Agência Brasil – Brasília e Rio de Janeiro