Além disso, de acordo com a Abrace, a proposta prevê geração de 4 milhões de empregos no país
A redução da tarifa do gás natural canalizado no Paraná, em setembro, acarretou um aumento de 6% no consumo do Gás Natural Veicular (GNV) no estado. O saldo positivo é comparado ao mês de agosto. A informação é da Companhia Paranaense de Gás (Compagas).
Diante desse contexto, o senador Flávio Arns (PODE-PR) considera que o Congresso Nacional deve aprovar o PL 4476/2020, que trata da Nova Lei do Gás. Na avaliação do parlamentar, mais empresas vão atuar no ramo, e essa concorrência vai gerar preços mais baixos do produto e de outros itens que têm o gás natural como matriz energética na população.
Flávio Arns, senador (PODE-PR)
“Hoje, no Brasil, a malha de gasodutos que servem para transportar o gás é relativamente pequena e isso encarece muito o produto. A ideia é estimular e facilitar a participação da iniciativa privada no setor, o que, consequentemente irá elevar a competitividade e praticamente dobrar a oferta de gás no mercado.”
O último boletim sobre a produção de petróleo e gás natural divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que a Petrobras é responsável pela operação de mais de 90% de toda a produção de gás natural.
Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia Bruno Eustáquio, com a entrada de novos atores nesse mercado aumentará a competitividade, o que influencia diretamente no preço do produto.
Bruno Eustáquio, secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia
“Você não consegue trazer elementos de competitividade que possam refletir na tarifa do gás natural. A nossa principal motivação é abrir a cadeia do mercado de gás, permitindo a entrada de outros agentes na produção, nas infraestruturas essenciais e no transporte, por exemplo. Quando você permite essa abertura, automaticamente se traz competitividade, que implica em reflexos da composição dos preços que será ofertado ao consumidor final.”
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, a expectativa é de que a nova lei permita a redução do preço do gás possibilite investimentos industriais de R$ 95 bilhões por ano, nos próximos 5 anos. Além disso, de acordo com a Abrace, a proposta prevê geração de 4 milhões de empregos no país.
Reportagem, Marquezan Araújo