Prefeitura do Rio libera as rodas de samba

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Liberação vale a partir deste domingo, diz Vigilância Sanitária

As rodas de samba já podem voltar a funcionar no município do Rio. A Prefeitura do Rio vai publicar no Diário Oficial do município uma retificação do decreto que trata da Fase 6B do Plano de Retomada das Atividades Econômicas para a capital, anunciada na quinta-feira passada (1º). Ainda que a publicação ainda não tenha ocorrido, a assessoria da Vigilância Sanitária informou que a liberação já está valendo a partir de hoje (4). A mudança ocorre depois de reclamação de representantes das rodas de samba inconformados com a permanência da proibição da atração ao mesmo momento em que a prefeitura liberava outras atividades com espaços de música ao vivo. O funcionamento de boates e das quadras de escolas de samba ainda não foi liberado.

O decreto da Fase 6B autorizou música ao vivo em bares e restaurantes, mas sem pista de dança. As bebidas e os alimentos só devem ser vendidos aos clientes que estejam sentados às mesas. Para evitar a aglomeração, a venda desses produtos para quem está do lado de fora dos estabelecimentos continua proibida. Todos, segundo a Vigilância Sanitária do município, permanecerão fiscalizados para manter o cumprimento das determinações do município com relação às regras de ouro, como distanciamento entre pessoas, uso obrigatório de máscaras e disponibilidade de álcool em gel.

A volta das rodas de samba segue uma série de orientações e cuidados sanitários, como em atrações semelhantes, e também continuam proibidos a pista e os espaços de dança. Os eventos em quadras de escolas de samba permanecem vedados. Entre as medidas, que as rodas de samba precisam seguir, está a reorganização de mesas e cadeiras, respeitando o distanciamento mínimo de dois metros entre elas. Em cada mesa a ocupação máxima é de 50%, exceto para o mesmo grupo de pessoas. Os artistas devem utilizar máscara durante todo o tempo, só tirando no momento da apresentação no palco. O uso da máscara é obrigatório também para as pessoas envolvidas no backstage e no staff artístico, que também precisam ter os demais equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários à atividade. O distanciamento de dois metros tem que ser feito também por essas pessoas e pelos músicos que atuarão nos palcos.

Autorizados

As lonas e feiras culturais e circos tiveram permissão para funcionar, mas precisam manter o distanciamento de 4m² por pessoa para evitar a aglomeração. A Fase 6B determinou que é necessário fazer reservas para os eventos culturais em casas de shows e em anfiteatros com lugares marcados com o distanciamento das pessoas. As mesas não podem ser compartilhadas acima de duas pessoas. A comercialização de bebidas e alimentos só se forem industrializados. É vedada a preparação de alimentos nos locais. Casamentos, aniversários e formaturas estão permitidos com um terço da capacidade, com música ao vivo e sem pista de dança. As feiras de negócios com exposições também têm que seguir esta capacidade. Também estão permitidas as feiras de variedades.

Ambulantes

Ainda na Fase 6B, a prefeitura permitiu a permanência de ambulantes em praças e mercados populares mantendo o distanciamento de 2 metros. Nas praias continua a proibição de venda de bebidas alcoólicas e produção de alimentos para os que trabalham na areia. Os estabelecimentos de beleza e estética voltaram a poder oferecer aos clientes sala de espera e serviços de alimentação, como cafezinho, desde que mantido o espaçamento entre lugares dos clientes. Nas academias foi autorizada a volta das aulas de hidroginástica com a capacidade de 50% da frequência e vedado o compartilhamento de objetos.

A Fase 6B, tem o prazo de 15 dias, mas ainda vai passar por uma avaliação do Conselho Científico da Prefeitura para decidir se o Plano vai para a etapa seguinte que é o período conservador, como está definido pelo município ou se ainda precisa continuar no estágio atual.

Edição: Liliane Farias

Por Cristina Indio do Brasil – Com Agência Brasil – Rio de Janeiro