Infectados com a Covid-19 devem repetir exame diagnóstico após 14 dias do contágio, diz especialista

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Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde

A publicitária Regina Alves, 44 anos, moradora do Distrito Federal, foi diagnosticada com o novo coronavírus logo no início de junho. Após cumprir os 14 dias de isolamento recomendado por especialistas de Saúde, ela ainda tem receio de retomar as atividades cotidianas.

“Eu posso sair tranquila, não vou passar a doença para ninguém? Eu continuo usando máscara? Uso álcool em gel? Eu posso ainda passar o vírus para alguém dentro da minha casa?”, questiona.

O comportamento da Covid-19 no corpo humano levanta inúmeras dúvidas entre a população e até mesmo entre cientistas e pesquisadores, devido ao pouco tempo da descoberta do vírus. Especialistas em saúde defendem que as pessoas contagiadas com a doença carregam o vírus durante 14 dias.

Mesmo assim, após esse período, médicos recomendam a realização de outro exame diagnóstico. No entanto, caso o infectado não tenha acesso a outro teste, é aconselhado outro isolamento de igual período. Ou seja, nesse tipo de situação, a pessoa contagiada deve evitar o contato direto com outras pessoas por 28 dias.

O médico Hemerson Luz, especialista em doenças infecciosas, diz que quando um exame da Covid-19 detecta o vírus após duas semanas do contágio é bastante provável que o infectado não transmita mais a doença. Nesses casos, segundo ele, o teste encontrou possíveis fragmentos virais.

“Quando se acha o vírus, mesmo após 14 dias nas fossas nasais, faringe e nasofaringe isso provavelmente indica que o vírus não vai causar a doença. São fragmentos virais que o exame está captando”, afirma o médico.

Incógnita

Cientistas de todo o planeta correm contra o tempo para responder aos questionamentos sobre a Covid-19. Enquanto essas perguntas não são respondidas, especialistas ressaltam que as medidas de isolamento social e de higiene pessoal são as melhores formas de se evitar um alastramento ainda maior da doença.