O futuro e a Inteligência Artificial

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Comprei a edição em espanhol de “Sálvese quien pueda” do jornalista Andrés Oppenheimer. O livro foi editado nos EUA no ano de 2018. O autor já trabalhou no Miami Herald, quando participou da equipe que investigou o escândalo que se tornou conhecido como Irã-Contra em novembro de 1986 e que resultou no recebimento do Prêmio Pulitzer de 1987. Oppenheimer também é âncora de programas da CNN em espanhol.

O autor do livro conheceu em 2013 o trabalho de pesquisa de dois professores da Universidade inglesa de Oxford, Carl Frey e Michael Osborne. O referido estudo previa que nos próximos 15 ou 20 anos 47% dos empregos que nos dias de hoje conhecemos, poderiam desaparecer em virtude da automação. Em decorrência destes alertas o autor resolveu visitar diversos países nos quais já há pleno desenvolvimento e aplicação da Inteligência Artificial (IA).

Por sua vez, em 2015 a China criou o projeto “Made in China 2025”. Este projeto pretende transformar a China em líder mundial e controlar a propriedade intelectual, especialmente, nas áreas de biotecnologia, robótica e inteligência artificial e tecnologia aeroespacial. O país asiático também planeja até 2025 automatizar toda a sua indústria manufatureira, tornando-a imbatível quanto ao preço em qualquer continente.

Em seu livro o autor lista dez atividades nas quais já existe nos dias de hoje a robotização e que gradativamente deverá se intensificar para confirmar a tese de Frey e Osborne de que o robô substituirá a mão-de-obra humana em atividades repetitivas ou de menor qualificação.

Ele começa o estudo por sua própria profissão, o jornalismo, e depois analisa os ramos da alimentação; bancos; advogados, contadores e corretores; médicos e professores; tecelões e transportadores e, por fim, a área de lazer como músicos, atores e esportistas.

Afinal, o que é a Inteligência Artificial? As definições são as mais variadas tais como “uma capacidade do sistema para interpretar corretamente dados externos, aprender a partir desses dados e utilizar essas aprendizagens para atingir objetivos e tarefas específicos através de adaptação flexível”. Também pode ser definida como “é uma área de pesquisa da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente”.

Também se pode definir a IA “como a capacidade das máquinas de pensarem como seres humanos: aprender, perceber e decidir quais caminhos seguir de forma racional diante de determinadas situações, assim o sistema absorve, analisa e organiza os dados de forma a entender e identificar o que são objetos, pessoas, padrões e reações de todos os tipos”.

O que se sabe é que estamos entrando na Quarta Revolução Industrial. Agora, a inteligência humana deverá competir com a inteligência artificial programada em um robô. Ainda há muito para ver, mas o certo é que só competirá no mercado de trabalho quem se qualificar e se preparar para operar o robô.